segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

III-Cabelos

Ainda tem os teus cabelos,
Longos,sedutores e cheirosos.
Existe, por alguma dádiva,
Definição poética para essa cabeleira?

Minhas mãos precoces,
Inocentes e adolecentes
Teimam em acariciá-los
Por inteiro e por eterno.

Não brinque,
Fanático leitor,
Dos meus gostos
Ou de meus versos.

Poucos têm tal coragem,
Inpiração,
Ou qualquer outro talento
Para descrevê-los.

E como nomear,
Toda aquela cabeleira,
Trançada ou solta?

Existe definição,
Ao menos sonhadora o bastante,
Para dá-los?

Cabelos estrelados?
Vá... Vá...
Algum leitor há de ver poesia nestes versos.
Nestes cabelos estrelados
Em madrugada noturna.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

II-Toques

E teus toques?
Como defini-los?
Macios, suaves e leves.
Sentia-me puro no passar das suas mãos.

Não tenho ainda,
Apressado leitor,
A definição poética desses toques.

Toques de carinho,
Leves e harmônicos
Como o cantar de um passarinho.
Bastava estar de olhos fechados.

Olhos belos daqui,
Toques suaves dali,
Abraços demorados acolá.
Incertezas indiretas outrora percebidas.

Chegava a ser tortura,
Não beijar-te os lábios.
Mas incerteza é cruel
E limita os toques impulsivos.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

I-Olhos.

Diga-me alguém
O que foram aqueles olhos?
Tão belos e profundos
Que brilhavam com intensidade das estrelas.

Poderei dizer,
Como Machado já disse:
"Olhos de cigana,
Oblíqua e dissimulada;
Verdadeiros olhos de ressaca."

Mas não é suficiente.
Dar-lhes um nome
Ao menos poético suficiente
Para comparar-se com suas grandezas
É essencial.

Olhos de grandezas
Tais quanto os do mar
Ou os do céu.

Vá lá assim.
Olhos de grandezas.

Não zomba-me,
Leitor sonhador,
Da minha definição precoce;
É dai que me vem a inocência.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

domingo, 7 de dezembro de 2008

Soneto de dor

Dói difícil
Toda essa paixão.
Esse amor de perdição
Nunca foi invisível.

Me lembra loucura,
Essas minhas imaginações.
Invenções das emoções
Derrubam-me em uma outra tortura.

Sempre fui abalado
Por poder ser trocado,
Jogado.

Enfim,não serei,jamais,comum,
Como qualquer outro algum,
Serei,junto,todos e nenhum.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

domingo, 30 de novembro de 2008

Doença do amor.

Até parece ódio,
Parece ferida;
Um câncer.


Até onde podem ir
Essas brigas,
Discussões e revolta?

Dói fundo,
Bem fundo;
Mais do que na alma.
Talvez no coração.

Dói-me como peste,
Infesta-me como praga.
Parece doença,
Persegue-me como vício,
É rotina.

É sentimento semente,
Nasce do amor
E cresce sem querer.

Parece inveja,
Dói.
Domina a cabeça,
Dói.
Existe no coração de quem ama,
Dói.
Parece ciúme
E dói.

Até parece raiva,
Chaga cancerosa,
Esse demônio familiar.

Nícholas Mendes. (Puck Todd)

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Rotina acabada

Pego meu cigarro,
O que eu tenho?
Raiva.


Vejo te no fim da rua,

O que eu sinto?

Euforia.

Espero a noite,

A madrugada.

Caminhadas noturnas;

Cemitérios supostos.
Essa tem sido minha rotina.


Bebo meu vinho,

O que procuro?

Paixão.


Vejo te ir embora no fim da esquina

O me acontece?

Tristeza.


Espero o dia,
Minha tarde.

Vícios inventados;

Versos deduzidos.

Essa tem sido minha rotina.


Nícholas Mendes (Puck Todd)

Amor diferente

Teu amor é ferida,
Tem gosto de sangue.
Tua verdade é assassina,
Tem sede de morte.

Do que adianta meus versos
Se não são lidos?
Do que adianta a demonstração
Se é desnecessário?

Estar bêbado é uma saida,
Para esquecer-te,
Para enjoar-me,
Para não chorar aos teus pés.

Não adianta oferecer meus beijos
Para uma boca distante,
Nem ao menos vele meus abraços
Para um corpo vestido.

Será você,
Apenas fumaça material?
Fantasma perdido?
Alma corrompida?
Gótica de cemitérios?

Ou apenas viciada
Em amores sangrentos?

Nícholas Mendes (Puck Todd)

Necessidade jovem.

Queria poder me sustentar das risadas
Dos amigos.
Queria poder me sustentar das presenças
Dos amigos.
Queria poder me sustentar das palavras
Dos amigos,
Mas não é suficiente.

Eu preciso de mais,
Muito mais carinho.

Queria poder te esquecer nos abraços
Dos amigos.
Queria poder te esquecer nas festas
Dos amigos.
Queria poder te esquecer nas bebedeiras
Dos amigos,
Mas não é suficiente.

Preciso de mais,
Muito mais compreenção.

Queria poder me aliviar nos vícios
Da família.
Queria poder me aliviar nos laços
Da família.
Queria poder me aliviar nas brigas
Da família,
Mas não é sufuciente.

Preciso de mais,
Muito mais presença.

Preciso do teu corpo,
Para me convencer e me sustentar;
Preciso do teu doce,
Para me enjoar e te esquecer;
Preciso do teu olhar,
Para me convencer e me aliviar.

Para tudo,
Preciso de você.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

domingo, 16 de novembro de 2008

Testamento de despedida.

Não é culpa dos menos inteligentes,
Nem mesmo é culpa dos mais inocentes;
Nem ao menos é culpa
As trapaças do destino.

Certas coisas acontecem em certas horas,
Certas pessoas se vão em certos dias,
Certas coisas parecem tão claras em certos pensamentos,
Certas pessoas nos ferem prufundamente em certas palavras,
Certas coisas se desviam do certo em certas conversas,
Certas pessoas se matam em certos momentos
A todo o momento.

Por isso deixo aquele meu abraço e aquele meu beijo
Para se o acaso me encontrar
Em um desses momentos.

Pai e Mãe,
Aquele abraço apertado.
Amigos do peito esquerdo,
Aquele abraço apertado.
Tanrea minha musa,
Aquele abraço apertado.
Meu irmão e minha irmã,
Aquele abraço apertado.
Minha casa de amizade,
Aquele abraço apertado.
Meu fiél e inesquecível melhor amigo,
Aquele abraço apertado.
Minha mineirinha preferida,
Aquele abraço apertado.
Meu recanto familiar de conforto,
Aquele abraço apertado.
Meu lar de cantos,descansos e choros,
Aquele abraço apertado.
Meu lugar da arte,que se tornou minha parte,
Aquele abraço apertado.
Papai e mamãe,não me é fácil,
Mas deixo em vocês
Aquele abraço apertado;
Aqule beijo estalado.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Quase soneto de saudade.

Me afogo tristemente
Nas palavras firmes desse poema
Para fugir da realidade
De um plano tão incerto.

Ah!Me queimo trsitemente
Nas belas músicas de ontem
Para que possa sonhar novamente
Um sonho.
Não viver um pesadelo.

Ah!Me choro tristemente
Nas palavras ecoadas pelo ar
Em uma alma tão marcada.

É com tua dura partida
Que agora eu me desmancho nesse poema
De saudade de você.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Vem!

Vem loira,
Me embreagar com seus cabelos;
Vem me viciar com suas poses,
Me conquistar com tais pedidos
E até me rejeitar com suas
[desfeitas.

Vem fada,
Me envenenar com seu silêncio;
Vem me amarrar com a sua cara,
Me desmanchar com alguns beijos
E até me afastar com seus
[apertos.

Vem santa,
Me crucificar com seu abandono;
Vem me matar com seu ciúmes
Me apedrejar com outras mordidas
E até me banhar com suas
[lágrimas.

Vem deusa,
Me infectar com seu cheiro;
Vem me cantar com seus versos brancos,
Me pragejar com tantas incertezas
E até me pregar com suas
[despedidas.

Vem guerreira,
Me apunhalar com seus desgostos;
Vem me afogar com seus desesperos,
Me queimar com discretos atos
E até me sufocar com seus
[reencontros.

Vem flor,
Me espetar com suas mãos;
Vem me enterrar com suas mentiras,
Me jogar ao vento com aquele suspiro
E até me reviver com seus
[olhares.

Para que eu possa
Te amar infinito
Nesse breve;
[pesadelo que se passa.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Poema do amor à Tanrea

Era tanto meu amor por Tanrea
Que as ilusões tomavam o lugar da realidade
Fazendo-me delirar em orgasmos românticos
Que nunca experimentei nos seios dela.

Era tanto meu amor por Tanrea
Que enxergava belezas,
Enxergava até mesmo céu,
No inferno que era seu coração.

Era tanto meu amor por Tanrea
Que me rendia a ela,
Me rendia aos seus gostos
Em troca de outros gozos.

Foi tanto meu medo de Tanrea
Que resolvi me esconder,
Deixas as coisas mais sublimes
E da um olá em uma nova era.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Gozos da vida perfeita.

Ainda procuro descobrir
Como é possivel viver uma vida
Sem desfrutar de alguns prazeres.

Dentre esses prazeres a mulher;
O ser mais belo,
Mais puro,
Talvez o mais necessário,
Às vezes o mais odiado,
Muitas vezes vilão.
Causador de muitas dores,
Mortes,
Tristezas e desesperos.
Ser de inspiração para muitos,
Causadores de criações,
Músicas,
Poesias,
Livros,romances...

Dentre muitos outros prazeres
Me honro em destacar a beleza;
Pois é verdade;
Beleza é fundamental.
Principalmente beleza feminina.

Beleza feminina,
Um verdeiro feitiço,
Tão atraente,
Tão apreciante.
Principalmente quando a mulher realmente é bela.

Digo,
Quando seus lábios
Se tornam inesquecíveis,
Quando as curvas de seu corpo
Nos fazem viajar em orgasmos,
Quando seu abraço
Nos conquista apenas pelo seu conforto,
Quando apenas o olhar
Nos faz virar animal,
Quando seu dançar,
Nos faz ficar babando.

Mas tudo tem uma medida
E mulher dessa não escapa.

A mulher não seria tão apreciada
Se não fizesse mal;
Assim como a bebida e o cigarro,
Coisas fortes.
Que nos deixam reciosos,
Com medo,
Com raiva,
Com ciúmes,
E orgulhoso de quando conquista.

E mulher ideal
É aquela que é um tanto atrevida,
Um tanto voluptuosa;
Um tanto santinha também,
Misteriosa,
Coitadinha,
Louca;
Mas fiél.

Mas...mulher perfeita,
Tem que ter um corpo perfeito,
Um pescoço perfeito.
Nem muito grande,
Nem muito grosso.
Tem que ter seios
Nem muito grandes,
Nem muito pequenos.
Tem que ter um cabelo lindo,
Cheiroso e arrumado,
Algo que te faça delirar.
Tem que ter uma certa altura,
Nem muito alta,
Nem muito baixinha.
Não pode ser magrela,
Dos ossos todos aparecendo;
Nem gorda,
Das barrigas pra fora das calsas.
Tem que ter um cheiro próprio,
Sem química demais.
As mãos podem ser frias ou quentes,
Depende do gosto do amor.

Mas os olhos...?
Os olhos são os mais importantes,
Um tanto lacrimosos,
Um tanto secos demais;
Tem que ser de uma beleza incomparável,
Gélida e apática,
Que reflitam confiança e volúpia,
Que emitam atrevimento e sensualidade,
Que absorvam desesperos e aflições
Que confortem corações trsites e cansados.
Os olhos tem que alegrar o outro alguém
De modo que ele faça qualquer coisa
Se encarado da maneira certa.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Orgulho vergonhoso

Sou vergonhoso
E a vergonha faz parte de mim.

É algo que guardo com carinho no coração,
Algo que sinto perante palavras,
É a minha falta de ação;
Talvez até minha inspiração.

Tenho vergonha sim
Ela faz parte de mim;
Me faz ser quem sou
Me faz ser mais do que eu sou.

Eu carrego a vergonha
E ela me carrega;
Somos parceiros de luta,
De conquistas,de paqueras,
De poesias.

Sim,sim;
É ela sim
Que me faz assim
Criança eterna;
Criança inocênte.
Apenas criança.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

Carta para o amigo

Depois de muitos erros
Você descobre o quanto vale um perdão,
E o quanto você precisa dele para viver.

Depois de muitas partidas
Você descobre como é importante um amigo
E o quanto você precisa dele para viver

Depois de pensar um pouco
Descobre que amizade tem um valor desconhecido,
Mas importante.

Descobre que o amor junta namorados
Mas separa verdadeiros amigos;
Amigos que não terão aquele valor desconhecido.

Você percebe que ter um amigo
É ter um segundo coração;
Um quarto braço;
Um novo corpo;
Uma alma pura.

Amigo,eu te amo.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

pedidos para a bailarina.

Pequena bailarina
Que se destaca no meu palco,
Com seu dançar diferenciado
E seu cabelo decorado de belezas.

Centro da minha atenção,
Do meu coração;
Não termine esse show
Tão belo,tão certo e pouco ingênuo.

Bailarina minha,
Do vestido simples
Dos cabelos belos e voluptuosos,
Espero de você um abraço,
Um beijo compreencivo.

Bailarina querida
Não deixe sua apresentação,
Seu glamur,sua fama,
Seu olhar,sua volúpia,
Seu afeto,seu orgulho,
Sua fome e sua sede
Derrubarem-te do nosso palco.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Dona de alma.

Dona das minhas lágrimas,
Não me faças chorar,
Por arrependimentos ou saudades;
Se isso fizer
Por favor que seja por felicidade.

Dona do meu coração,
Não machuque o que eu tanto preso,
Pois esse já está bem ferido;
Se isso fizer
Por favor faça depois de minha morte.

Dona da minha alma
Leve contigo todas as lembranças do meu ser
E guarde-as com carinho;
Não troque por tostão algum.
Se isso fizer
Por favor que não tenha outra escolha.

Dona da minha saudade
Não abandone-me nos sentimentos,
Que são tão puros por ti;
Se isso fizer
Que seja culpa da morte.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Floresta inventada

Árvores altas,contorcidas
Que tampam a luz do sol
Juntamente do lodo
Traiçoeiro e escorregadio
Formam um cenário milenar,
Uma floresta perdida.

As pedras escorregadias,
Pontiagudas e soltas
Machucam-me os pés
E os insetos castigam-me o rosto.

Ventos gelados e úmidos
Castigam os outros membros.
E aliado à gélida escuridão
Esses ventos gritam aos meus ouvidos
Caminhos cada vez mais perdidos.

Nem ao menos um rio
Para saciar a sede;
Nem ao menos uma fruta
Para enganar minha fome.

Apenas Tanrea nos sonhos
Mostrando-me os caminhos
E os perigos de seu coração.

Talvez seja por isso
Que eu tanto ame essa suposta floresta.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Conflitos interiores da caixola.

Queria poder acreditar
Que as lágrimas que eu derramo
Vão se tornar,num dia,um rio
Que te trará de volta.

Ah...
Infame e sonhador
atraente e incoveniente
Sonho de criança.

Será que existe algum modo
De reviver os bons momentos?
De rever os amores partidos?
De não enlouquecer com tantos sussuros passados?

Eu acho que não,
Os Fantasmas não são tão generosos.

Mas talvez haja
E seja aquilo que os homens chamam de morte.

Acho que é por isso que estou sentado
Num quarto sozinho,
Com canetas e papéis,
Suspirando os desejos,
Secando as lágrimas;
Porque eu acredito.

E quando a morte bater três vezes na porta,
Pedir licença para entrar,
E entrar
Eu vou estar sorrindo para ela.

Assim eu acho que vou,
Pelo menos,
Rever os bons momentos
Rever os amores partidos,
Os que vão ficar também,
E talvez eu não precise enlouquecer com os sussuros.

Não,eu acredito.

Nícholas Mendes. (Puck Todd)

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Uma coisa verídica.

Componho apenas para os ventos,
Os olhares,as belezas.
Recorri urgentemente para a alma.

"Tem alguma alma pura por ai?"
Eu gritei chorosamente,
Insistia em procurar o que não achava.

Repetia mazelento:
"Ei!Tem alguma alma pura por ai?"
Lacrimoso percebi,o que já era óbvio;
Alma alguma respondeu.

Corria os pensamentos pela cabeça,
Os pés pelo asfalto
E as mãos embaraçavam os cabelos.
Saturado de pensamentos e decepções fui embora.

Hoje concluí meu pensamento;
Almas puras se escondem dos poetas.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

Cada rosa é uma rosa.Cada alma é uma alma.Cada ser é um próprio ser e o escritor apenas um obstáculo

Três caminhos,
Três decisões,
Três decepções,
Três carinhos,
Três destinos,
Três destintos.

Confusões do coração,
Que destroem a essência humana,
O raciocínio;
Que levam à eterna loucura,
Loucuras que formam labririntos.

Três estações,
Três corações,
Três choros,
Três coros,
Quatro suicidios,
Quatro bem-sucedidos.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

Poesia,várias artes distintas.

Poesia é arte
Da tristeza,
Do protesto,
Do amor impossível.

Posia é arte,
Talvez a única que gera
Conflitos,
Guerras.

Como tal arte,
Que todos dizem ser bela,
Pode ser apreciada
Por tantos sonhadores?

Pois todos são sonhadores
Que confortam-se
Com o sinfonar de mentiras,
De sentimentos inventados.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

Céu de poeta

Certa vez olhei o céu
E vi as nuvens.
Não nuvens comuns;
Núvens de morte.

Era isso,
A cada dia um olhar,
Uma visão das nuvens de morte
Que pairavam num mundo doente.

Certa vez olhei o céu
E vi as estrelas.
Não estrelas de brilho sintilante;
Estrelas de brilho estério.

Era isso,
A cada noite um olhar,
Uma visão de estrelas envergonhadas
Que atoram brilhar para um mundo doente.

Por isso corpo e céu são semelhantes,
Núvens de morte e agonia se assemelham,
Brilho estério e tristezas se completam;
São coisas que acontecem com poetas ambulantes.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Talvez tudo fosse diferente com tal cura.

Se saudade tivesse cura
Talvez o mundo não sofresse tanto.
Talvez as pessoas chorassem menos
Se saudade tivesse cura.

Se saudade tivesse cura
Ninguém sentiria saudades de novo,
Isso é lógico.

Mas sentir saudade é tão ilógico,
Que você tem a pessoa ao teu lado,
Na mesma cidade,
E,ainda assim,sente saudade.

Se saudade tivesse cura
Talvez não existisse um amor verdadeiro,
Uma fé imutável,inabalável.
Talvez não valesse a pena te rever
Se saudade tivesse cura.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

O que seria poder te dizer.

Poder dizer que eu te amo
Sem sentir uma mal quimar por dentro,
Sem sentir peso algum na consciência
Seria,ao menos,errôneo.

Pode dizer te amo
E poder abraçar-te num amanhã,
Sentir-me novamente criançainocente
Seria apenas um sonho.

Poder dizer te amo
Sem obstáculo algum,
Sem gaguejar em palavras
Seria somente mentir.

Por isso é assim,
Em todas as horas eu digo sim;
À toda grande amizade,
Confusa ou não,
Que aflora dentro de um coração.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Promessa de estações

Sozinha,
Num lugar um tanto nevoado,
Brincalhona comigo mesma
Eu espero a volta de uma promessa.

Sozinha,
A saudade me enlouquece,
O medo de ir embora me corrói
E o único alívio é me abanar
Com o símbolo da promessa deixada.

Contemplando a fumaça chegando,
O barulho dos vagões parando,
Buscando em outros rostos aquele seu;
Em outros olhares a promessa cumprida.
Eu não enxergo muito além do meu limite.

Sozinha,
Conflitando comigo mesma,
Num lugar já destruído,
Eu sinto que é hora de ir.
Adeus.

Mas sozinha,
Com a promessa no coração
O tempo sempre volta
Para que não chegue o esperado outono.

Você retornou,
Mas não me procurou,
Eu eu estava lá,
Sozinha comigo mesma
Me debatendo em lembranças,
Promessas,saudades e esperas.
E você estava lá,
Inocente,
Olhando para a luz,
Decepcionado.

...

Enquanto a luz me tocava os olhos,
A face,
Eu pensava,Pois você poderia me ouvir.
Ouvir que não me senti honrado em carregar tal promessa.
Ouvir que voltarei de trem,
A cada três estações,
Num outono,
Para chorar as lágrimas que você guardou.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

O poeta,o ator e o homem.

Farei da falta de idéia
Poesia.
Farei da falta de inspiração
Grandiosa.

Pois esse é um dom do poeta,
Mentir até a falta de idéia.

Farei das altas quedas
Pequenas.
Farei da mais odiada covardia
Coragem.

Pois essa é a missão do ator,
Mentir grandezas e sentimentos.

Farei dos certos amores
Errôneos.
Farei da sede espiritual
Material.

Pois esse é o erro do homem,
Mentir tudo que está certo.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

Poder amar a muitos ao mesmo tempo.

Descobri que a vida é um quarto
Escuro,fechado e apertado.
Aprendi que o coração é uma prisão
Solitária.

Quero apenas amar um belo corpo,
Amar uma pura alma,
Amar um ardente beijo,
Amar um apertado abraço,
Apenas amar um olhar curioso,
Amar apenas um coração forte,
Amar as diferentes palavras,
Amar as tristes lágrimas.

Queria descobrir em um alguém
Os segredos de amar;
Mas amo a muitos,
Por isso acho injusto
O preço pago por amar.

Queria apenaa amar um bom sorriso,
Amar as boas risadas,
Amar as bobas brincadeiras,
Amar o incerto encostar das mãos,
Amar a dolorosa despedida,
Amar um fantástico reencontro,
Apenas amr essa vida curta,
Amar apenas poder amar,
Amar,apenas poder amar.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

Como responder tais perguntas de uma amador desamado?

O que nós fazemos quando somos enganados?
Quando nos sentimos pequenos?
Quando sofremos de amor?
Eu sei.Esquecemos.

E se for difícil esquecer?
Se for tão fácil se apaixonar?
O que nós fazemos quando não somos correspondidos?
Eu sei.Ignoramos.

Como ignorar a tudo,
Quando não sabemos ignorar?
O que nós fazemos para não nos enganar,
Quando se é tão fácil de enganar?
Eu sei.Superamos.

E o que fazemos quando se é difícil esquecer?
Quando não sabemos ignorar?
Quando não superamos a tudo?
Eu sei.Deixe acontecer.

Sim,eu sei,existem perguntas.
Perguntas,essas,que não posso responder;
Respostas que o tempo ditará,
Que você um dia sentirá.
Respostas que um poeta escreverá;
Respostas que,infelizmente,meu coração ainda desconhece.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

domingo, 28 de setembro de 2008

Divisão corpo e alma.

Oh Tanrea,
Mulher que atrai olhares,
Que aflora o amor.
Mulher dos lábios intocáveis.

Tenho uma depreciva dúvida:
Estar com o amor que fere
Ou estar com o Material que me satisfaz?

Amar a tudo e sofrer no final
Ou sofrer agora e terminar a vida conciente?

Oh Tanrea,
Donzela que não me sai da cabeça,
Que quando encontro me paraliza.
Donzela que faz meu lábio secar
E o coração disparar.

O Material,
Que quando toco vejo o céu,
Que quando me beija me enlouquece.
O Material que me disperta prazeres,
Não me parece o mais justo.

Justo pode ser,
Entregar à Tanrea todo o meu ser,
Deixar que o amor me tome a conciência
E no outro dia me conformar com a dor dessa ciência.

Estou dividido;
Cruelmente dividido.
Entre Corpo e Alma;
Entre Coração e Raciocínio.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

Ciclo interno.

Covarde é aqule que mata com um beijo,
É aquele que se lembra de tragédias
E não pensa,em hora alguma em mudar;
E esse ainda não sou eu.

Por que me olha assim sua vaca?
Acha que ma fere com essa sua faca avermelhada?
E você?!
Por que me encara sua cachorrinha?
Pensa em esmagar meu crânio com seu martelinho?

Sozinho,desde o início dessa ciclo,
Até me falta ar para continuar.
Olhe...não deixe minha raiva te cobrir,
Não deixe meu futuro te levar.
Por favor...Entre!

Por que me grita seu mendigo carbonizado?
Pensa,por acaso,que vou me agoniar?Sentir pena?
Por que me zomba sua aleijadinha CDF?
Acha que vou perder a cabeça com você?
Justo com você?

Querida,você sabe o que eu sou;
Não é?
Você realmente sabe o qye eu tenho;
Não é?

Então por quê,sua bastarda?
Acha que pode apenas mentir?
Omitir,que seja!
Pensa,por acaso,que não vou entender,
Acha que não vou aceitar,
Ou acha que eu vá perder a cabeça?
Pois não vou!

Mas,esqueça tudo,pois eu aceito.
Seja apenas o manequim da minha roupa;
Poi você também,a partir de agora,
Será alimento do meu mal...
E com esse beijo...eu fecho
O tão alucinante ciclo desse meu mal secreto;
Que ficará na lembrança,
Em ciclos supostos.

E assim eu determino:
Covarde é aquele que mata com um beijo...
É aquele que...
...

Nícholas Mendes. (Puck Todd)

Notas do autor:

Coloquemos uma coisa na nossa cabeça;
Que ainda falta muito para um final.
Afinal ninguém define um final
Sem se empenhar no começo.

O final não é sinônimo de morte,
Não é antítese de início,
Não se compara com a vida
E não significa própriamente um final.

Se por acaso seu começo é fraco
E ainda teme um final,
Simples
Viva sempre no meio;
Pois é ai que você pensa que o livro não tem fim.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

Tudo é mais do que pode parecer:

Tudo é mais do que pode parecer:
Veja as coisas com todos os olhos.