quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Céu de poeta

Certa vez olhei o céu
E vi as nuvens.
Não nuvens comuns;
Núvens de morte.

Era isso,
A cada dia um olhar,
Uma visão das nuvens de morte
Que pairavam num mundo doente.

Certa vez olhei o céu
E vi as estrelas.
Não estrelas de brilho sintilante;
Estrelas de brilho estério.

Era isso,
A cada noite um olhar,
Uma visão de estrelas envergonhadas
Que atoram brilhar para um mundo doente.

Por isso corpo e céu são semelhantes,
Núvens de morte e agonia se assemelham,
Brilho estério e tristezas se completam;
São coisas que acontecem com poetas ambulantes.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

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Notas do autor:

Coloquemos uma coisa na nossa cabeça;
Que ainda falta muito para um final.
Afinal ninguém define um final
Sem se empenhar no começo.

O final não é sinônimo de morte,
Não é antítese de início,
Não se compara com a vida
E não significa própriamente um final.

Se por acaso seu começo é fraco
E ainda teme um final,
Simples
Viva sempre no meio;
Pois é ai que você pensa que o livro não tem fim.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

Tudo é mais do que pode parecer:

Tudo é mais do que pode parecer:
Veja as coisas com todos os olhos.