domingo, 28 de setembro de 2008

Ciclo interno.

Covarde é aqule que mata com um beijo,
É aquele que se lembra de tragédias
E não pensa,em hora alguma em mudar;
E esse ainda não sou eu.

Por que me olha assim sua vaca?
Acha que ma fere com essa sua faca avermelhada?
E você?!
Por que me encara sua cachorrinha?
Pensa em esmagar meu crânio com seu martelinho?

Sozinho,desde o início dessa ciclo,
Até me falta ar para continuar.
Olhe...não deixe minha raiva te cobrir,
Não deixe meu futuro te levar.
Por favor...Entre!

Por que me grita seu mendigo carbonizado?
Pensa,por acaso,que vou me agoniar?Sentir pena?
Por que me zomba sua aleijadinha CDF?
Acha que vou perder a cabeça com você?
Justo com você?

Querida,você sabe o que eu sou;
Não é?
Você realmente sabe o qye eu tenho;
Não é?

Então por quê,sua bastarda?
Acha que pode apenas mentir?
Omitir,que seja!
Pensa,por acaso,que não vou entender,
Acha que não vou aceitar,
Ou acha que eu vá perder a cabeça?
Pois não vou!

Mas,esqueça tudo,pois eu aceito.
Seja apenas o manequim da minha roupa;
Poi você também,a partir de agora,
Será alimento do meu mal...
E com esse beijo...eu fecho
O tão alucinante ciclo desse meu mal secreto;
Que ficará na lembrança,
Em ciclos supostos.

E assim eu determino:
Covarde é aquele que mata com um beijo...
É aquele que...
...

Nícholas Mendes. (Puck Todd)

Um comentário:

Le fils de la mort disse...

Tô realmente sem palavras pra descrever a emoção desse poema. Sem dúvida, ele é muito forte, e essa agressividade é um traço que eu ainda não tinha percebido em seu jeito de escrever, mas é sem dúvida um recurso expressivo muito bom.

Como já disse em outros comentários, a principal virtude de um poeta é conseguir passar emoções de tal forma que o leitor fique realmente envolvido, e nesse poema você conseguiu fazer isso de uma forma incrível.

Ainda estou abalado, espantado, admirado, enfim, sinto que o seu poema me tocou profundamente, mexeu comigo mesmo, e penso ser esse o melhor jeito de te elogiar. Muito obrigado por me proporcionar esses momentos verdadeiramente mágicos, os quais só podem ser criados por grandes artistas, como você.

Mais uma vez parabéns e até mais.

Notas do autor:

Coloquemos uma coisa na nossa cabeça;
Que ainda falta muito para um final.
Afinal ninguém define um final
Sem se empenhar no começo.

O final não é sinônimo de morte,
Não é antítese de início,
Não se compara com a vida
E não significa própriamente um final.

Se por acaso seu começo é fraco
E ainda teme um final,
Simples
Viva sempre no meio;
Pois é ai que você pensa que o livro não tem fim.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

Tudo é mais do que pode parecer:

Tudo é mais do que pode parecer:
Veja as coisas com todos os olhos.