domingo, 13 de julho de 2008

O poeta e a mulher.

Havia uma mulher,
Bela,
Romantica,
Atenciosa.

Coitada,
Era inocente,
Via um mundo que não existia,
Coitada.

Fazia das verdades
Sonhos inalcansáveis,
Conseguia se destacar
Pelo seu jeito criança.

Sofria por tudo ser ilusão,
Queria mudar.

Sonhava em encontrar
Alguém que pudesse amar.

Contava sempre com os amigos,
Que sempre a agradavam
Com palavras de amigos.

E foi...

Havia um poeta,
Tolo,
Grande,
Sonhador.

Coitado,
Era enganado por todos,
Tentava mudar o mundo com palavras,
Coitado.

Fazia das mentiras
Poesias,
Abria os olhos dos outros
Para um mundo de sonhos.

Sofria por todo o mal,
Queria poder mudar.

Sonhava em encontrar
Alguém que pudesse amar.

Contava com seus poucos amigos,
Únicos e especiais,
Com quem sempre se abria.

E foi...

E foi num puro acaso,
Que se conheceram;

Pensavam em mudar
Os pensamentos sonhadores,
Pensamentos de mudanças.

Disseram o que viam,
O que pensavam.

E foi num puro acaso
Que se encontraram.
E foi num puro acaso
Que seus sonhos se realizaram,
Sem mudanças,
Sem dores,
Sem mentiras.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

2 comentários:

Unknown disse...

ahhhhhhhh!que lindo!lindo!lindo!Legal,me identifiquei com essa poesia..sei lá..muito boa!
bjos Thuthu!adoro vc!

Anônimo disse...

Faz tempo que não posto aqui, então lá vai. A retomada de seu "dark side" mostrou-se repleta de inspirações, produzindo verdadeiras jóias poéticas. Nesse poema, você consegue retratar os sentimentos humanos com uma crueza romantizada, sem recorrer a expedientes macabros como o fez Augusto dos Anjos. E o interessante é vislumbrar uma pontinha de esperança no fim, nem que seja proporcionada pelo acaso. Sem dúvida, quando você "pega a pena" na mão, descortinam-se múltiplas visões da existência humana que ao mesmo tempo incomodam e reconfortam, característica que faz de sua poesia uma verdadeira obra de arte. Mais uma vez parabéns, e sempre conte comigo para o que precisar, pois será uma honra servir a tão majestoso poeta. Até a próxima.

Notas do autor:

Coloquemos uma coisa na nossa cabeça;
Que ainda falta muito para um final.
Afinal ninguém define um final
Sem se empenhar no começo.

O final não é sinônimo de morte,
Não é antítese de início,
Não se compara com a vida
E não significa própriamente um final.

Se por acaso seu começo é fraco
E ainda teme um final,
Simples
Viva sempre no meio;
Pois é ai que você pensa que o livro não tem fim.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

Tudo é mais do que pode parecer:

Tudo é mais do que pode parecer:
Veja as coisas com todos os olhos.