domingo, 30 de agosto de 2009

Uma mão.

Vejo minha mão...
Uma mão ímpar
Gélida e solitária
Temos uma mão só.

Não há para ela
Uma outra, macia.
Ela se abre por total
Sem nenhuma resposta.

A mão da moça,
Leve e macia
como nuvens claras,
não reage.

Aquela pequena
Apenas brincava só
Com os pés e chinelos,
Sem mãos.

Minha mão fria
sem um par quente.
Não engana-me,
Mão na luva não esquenta.

Sobra-te mão
Essa caneta que seguras
Sobra-te chorar nesse papel
As tintas desse poema.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

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Notas do autor:

Coloquemos uma coisa na nossa cabeça;
Que ainda falta muito para um final.
Afinal ninguém define um final
Sem se empenhar no começo.

O final não é sinônimo de morte,
Não é antítese de início,
Não se compara com a vida
E não significa própriamente um final.

Se por acaso seu começo é fraco
E ainda teme um final,
Simples
Viva sempre no meio;
Pois é ai que você pensa que o livro não tem fim.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

Tudo é mais do que pode parecer:

Tudo é mais do que pode parecer:
Veja as coisas com todos os olhos.