E quem disse que o meu rock
Chega aos teus ouvidos?
E se chega,
Quem disse que está completo?
E se ouves,
Quem disse que é meu?
O meu rock’ n roll é diferente
Não se ouve e nem se canta
É como fantasma que sussurra.
O meu rock é meu
Assim sem ritmo nenhum
Que teus ouvidos não ouvem.
E quem disse que meu rock
É rock de verdade?
E se for,
Quem disse que é rock?
E se disseram,
Meu caro amigo, te enganaram.
O meu rock é blues e samba
Misturo guitarra e berimbal
O meu rock’n roll é surreal
Meu rock é bacana pra caramba
Porque meu rock, eu inventei
Sem rimas e compassos.
Nicholas Mendes (Puck Todd)
2 comentários:
Transgressão pura, daquelas que embalaram os grandes pioneiros do rock - não preciso nem comentar a acertadíssima escolha desse gênero musical pra dar a tônica do poema.
Muito interessante ver esse lado contestador em sua poesia - não que seja a primeira vez, pois a crítica social é uma vertente muito bem explorada por você. Refiro-me especificamente à contestação que vem do interior, que transborda para os versos numa sinceridade cortante - e, por isso, de uma profundidade ímpar.
Enfim, é isso. Espero ansioso pelos próximos poemas. Até mais!
P.S.: esses dias tava pensando em fazer alguma coisa contigo (no bom sentido, claro XD), sei lá, eu meio que tava com vontade de conversar com você. Quem sabe a gente não se encontra por aí... XP
MUito bom .... Parabéns pelo SEU Rock n roll ..eu continuo com o o meu ..meio velho...e aveludado rock.
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