segunda-feira, 4 de maio de 2009

Medo!

Diga-me uma coisa:
Se eu me for,
Com um gole de álcool,
Hão de sentir minha falta
Ou hão de debochar da minha cara?

Talvez a morte
Faça parar o meu coração;
Talvez minha angústia solitária
Faça-o bater desesperado.

Se eu me envenenar,
Com um trago de fumo,
Hão de chorar no meu caixão
Ou hão de me enterrar de corpo nu?

Talvez meu abandono
Seja um destino imutável;
Talvez as dúvidas
Sejam as guilhotinas que me ameaçam.

E se minha vida acabar,
Nas festas dos amigos,
Hão de se lembrar da minha ausência
Ou hão de me esquecer morta?

Essa é a chama que mata,
É a praga que prega,
É o fumo que fuça,
É a bebida que alucina,
Minha alma.

A sensação que me arrepia,
Tão pouco me alivia.
Esse temor do mundo e do nada
Corrói o que eu chamo de vida.

É medo de estar sozinha,
De estar morta,
No escuro,
Sem saída,
Sozinha...

Nícholas Mendes (Puck Todd)

2 comentários:

Juliana Galante disse...

essa poesia é linda demais.. nao sei cmo foi capaz de tal criação!
parabéns Nih!

*__*

to besta!haha!

Tio Marco disse...

Ni, li suas poesias e contos. O sangue que corre nas veias é sangue de poeta.

Notas do autor:

Coloquemos uma coisa na nossa cabeça;
Que ainda falta muito para um final.
Afinal ninguém define um final
Sem se empenhar no começo.

O final não é sinônimo de morte,
Não é antítese de início,
Não se compara com a vida
E não significa própriamente um final.

Se por acaso seu começo é fraco
E ainda teme um final,
Simples
Viva sempre no meio;
Pois é ai que você pensa que o livro não tem fim.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

Tudo é mais do que pode parecer:

Tudo é mais do que pode parecer:
Veja as coisas com todos os olhos.