segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

semelhanças inversas.

Tudo é
Escuro, escuro...
Escuro e quente.

Derrepente tudo era.
Vejo a luz sinto o frio,
Ouço meus próprios choros.

Sinto fome.
Quando me percebi
Estava corrompido.

Passo a temer um fim.
Um fim tão semelhante,
E tão singular.

Tudo fica,
Escuro, escuro...
Escuro e frio.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

2 comentários:

Capitu disse...

Simplesmente maravilhoso!!
Você é meu ídolo
beijos

Le fils de la mort disse...

Vocês atores são verdadeiros mestres em representar as múltiplas facetas da alma. E você, Nícholas, faz algo ainda mais grandioso, pois consegue transformar essas facetas em seus magníficos versos.

Sem comentários sobre o poema, afinal diante da perfeição resta-nos apenas abaixar humildemente nossas cabeças em sinal de adoração.

Gostei especialmente do verso "De repente tudo era". Fico sem fôlego ao pensar nele. Merece entrar pra história da Literatura.

Bom é isso. Não consegui expressar os meus sentimentos à altura do que você merece, mas espero que você considere o esforço. Até o próximo post!

Notas do autor:

Coloquemos uma coisa na nossa cabeça;
Que ainda falta muito para um final.
Afinal ninguém define um final
Sem se empenhar no começo.

O final não é sinônimo de morte,
Não é antítese de início,
Não se compara com a vida
E não significa própriamente um final.

Se por acaso seu começo é fraco
E ainda teme um final,
Simples
Viva sempre no meio;
Pois é ai que você pensa que o livro não tem fim.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

Tudo é mais do que pode parecer:

Tudo é mais do que pode parecer:
Veja as coisas com todos os olhos.