segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

VI-Abraço

Além de tudo
Transformo também, em poesia,
Aquele teu carinhoso abraço.

Não sei o tempo que gastamos
Nos abraçando gentilmente;
Talvez apenas os relógios com ofícios divinos
Tenham marcado aqueles segundos infinitos.

Se isto vos parecer mentira,
Desconfiado leitor,
É que nunca trançastes os braços
No corpo feito de uma humana tão bela.

Se ainda teima em duvidar,
Meu caro leitor curioso,
Ai sim eu te digo
O que aqueles abraços me foram
E me fizeram.

Senti-me como criança mimada
Enquanto durava aquele aperto eterno.
E aquela sua droga de abraço viciou-me.
Por mais que eu me quisesse lúcido.

Deixarei assim,
Nomeado o teu abraço,
Abraço de droga.

Não se desgaste também,
Leitor precoce,
Procurando em vão vícios perdidos,
Tais amores só nos aparecem com o tempo.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

2 comentários:

Unknown disse...

abraços sempre são bem vindos..
aind mais quando é abraços de pessoas amadas..
Mara

Anônimo disse...

é perceptível a intensidade e precisão com que você escreve cada verso de seus poemas.

Notas do autor:

Coloquemos uma coisa na nossa cabeça;
Que ainda falta muito para um final.
Afinal ninguém define um final
Sem se empenhar no começo.

O final não é sinônimo de morte,
Não é antítese de início,
Não se compara com a vida
E não significa própriamente um final.

Se por acaso seu começo é fraco
E ainda teme um final,
Simples
Viva sempre no meio;
Pois é ai que você pensa que o livro não tem fim.

Nícholas Mendes (Puck Todd)

Tudo é mais do que pode parecer:

Tudo é mais do que pode parecer:
Veja as coisas com todos os olhos.